31 de agosto de 2012

Primeiro de setembro



E se eu tivesse simplesmente me cansado de viver neste mundo? E se eu desejasse apenas viver em um lugar diferente, ou melhor, eu o mundo fosse diferente? E se eu quisesse que ele não fosse cheio de pessoas corruptas e ignorantes que buscam apenas aquilo que as favoreçam? E se eu quisesse viver em mundo melhor?

Mas e se não precisasse ser melhor? Poderia apenas ser diferente, quem sabe...

E se eu quisesse poder entrar pela porta de um armário e descobrir um novo mundo?

E se eu quisesse completar 11 anos novamente só para amanhã, embarcar na plataforma 9 3/4?

E se eu quisesse viver em um mundo repleto de elfos, anões, magos e anéis?

E se eu quisesse viver em um mundo infestado de zumbis, que estivesse sendo limpo de toda a sujeira gerada por nós?

E se eu quisesse, quem poderia dizer que não posso desejar isso?

E quem disse que eu não quero?

Você?

Você também quer, que eu sei.

Todos queremos.

Todos queremos puxar nossa varinha e fazer a coisas levitarem, montar em um leão e conversar com dríades, ter quarenta anos e ser do tamanho de uma criança e viver no Condado, montar em um dragão e desbravar os céus, encontrar um amor que valesse enfrentar e vencer a própria morte.

Todos queremos isso.

Mas somos todos um bando de idiotas!

Criticamos e odiamos a nossa sociedade, desejamos que ela fosse diferente, que o mundo fosse outro, e, mesmo assim, quando eles dizem que é impossível as coisa que queremos se tornarem realidade, simplesmente desistimos? Porque?!

Porque aceitar as palavras de uma sociedade manipuladora e egoísta, mesquinha, hipócrita, que tem côo maior prazer destruir os sonhos dos outros? Porque deixar que nossos próprios sonhos sejam destruídos?

Os exemplos estão todos aí nas nossas caras!

Hogwarts existiria se os sonhos de uma inglesa tivessem sido massacrados por aqueles que disseram que eles não eram bons o suficiente? A Terra-Média teria passado por três eras inteiras se outro inglês tivesse dado ouvidos à idiotia deste mundo? O país de Aslam teria sido descoberto se um terceiro inglês tivesse achado que ele era impossível demais para existir?

Acho que os ingleses são ótimos exemplos a serem seguidos. Graças àquela primeira que mencionei, o dia primeiro de setembro, por exemplo, será eternamente lembrado por aqueles que viveram em seu mundo.

Afinal, você acha que Hogwarts não existe? Acha que o mundo dos bruxos não está escondido bem atrás de um tênue véu, separado do nosso por poucos centímetros?

Prove-me isso, então. Prove-me, e também a todas as milhões de pessoas que já conheceram Hogwarts em seus mínimos detalhes, que passearam por suas passagens secretas, que lutaram em seus corredores, que morreram várias vezes por suas páginas. Diga a todos nós que nada disso é real, mas nos faça acreditar de verdade, e então, quem sabe, conseguirá matar um pouco mais do nosso mundo.

Entretanto, meu amigo, temo que esta seja uma jornada árdua e que, muito provavelmente, não encontrará os resultados esperados, porque todos aqueles que um dia atravessaram o lago no barco e depois caminharam pela floresta em direção à morte, têm completa certeza de que tudo não passou da mais pura realidade.

Hogwarts existe sim, meu amigo, existe porque milhões de pessoas acreditam que ela existe, e, assim, garantem que ela sobreviva pela eternidade.




30 de agosto de 2012

Passos

 
 
Olho para a página em branco sem saber muito bem quais palavras usar para preenchê-la. O aniversário do "Brisas e Pensamentos" chegou e passou sem uma única palavra para comemorá-lo.
Desde sua primeira postagem, dois anos e um pouco mais se passaram.
Desde sua primeira postagem, tudo mudou.
Quando dei meus primeiros passos pelas páginas deste blog, era um garoto, inexperiente, meio inseguro, meio perdido na vida, sonhando com coisas que nem sabia direito o que eram, buscando caminhos que não sabia se podia encontrar, muito menos se existiam, buscando um amor que imaginava ainda não ter nascido.
No primeiro post tentei entender e explicar o que sabia sobre o amor. O conhecimento não era muito grande, mas, com certeza, muito maior do que o de muita gente.
Estas páginas acolheram minhas alegrias, drenaram minhas lágrimas, limparam minhas feridas, ajudou a criar cicatrizes e, aquelas que não podiam cicatrizar, elas sangraram junto comigo.
Estas páginas retratam a minha vida, minhas vitórias e derrotas, sorrisos e sofrimentos, desde os mais simples até os mais complexos, desde os hoje esquecidos até aqueles que imaginei que nunca me deixariam.
Quando comecei aqui, era um garoto.
Hoje, quem sabe, sou um adulto. Um homem que conhece suas responsabilidades, que conhece a si mesmo, que sabe o caminho que quer trilhar.
Hoje, conheço meus sonhos. Hoje, sei onde quero chegar e, por mais que tais sonhos estejam ainda muito altos, construo pacientemente asas para me levarem até lá e além, pois sei que, para os sonhos, não há limites, e todos eles podem ser realizados.
Hoje, sei um pouco mais e menos ainda sobre o amor, porém, sei que é mais do que um simples sonho a ser buscado, sei que é real.
Quem escreve estas palavras, agora, é um campeão, é um escritor, é um sonhador.
Um garoto que se tornou homem e será eternamente uma criança, pois sabe que a vida apenas pode valer a pena se encarada através da inocência e eterna sabedoria das crianças.
Como eu poderia, então, abandonar um companheiro tão fiel, que sempre acolheu tudo o que joguei para ele, fosse raiva, alegria, lágrimas ou dor?
Não poderia...
Hoje não me importo mais se vinte ou duzentos e cinquenta pessoas lerão estas páginas em um dia. Se apenas uma encontrar nestas palavras algum conforto, estarei satisfeito.
Por enquanto, é isso.
Voltarei em breve.

 
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