13 de fevereiro de 2012

Resenha: Jogos Vorazes

Título: Jogos Vorazes
Autor: Suzanne Collins
Série: Jogos Vorazes
Editora: Rocco
Páginas: 397
Skoob: Livro

Katniss escuta os tiros de canhão enquanto raspa o sangue do garoto do distrito 9. Na abertura dos Jogos Vorazes, a organização não recolhe os corpos dos combatentes caídos e dá tiros de canhão até o final. Cada tiro, um morto. Onze tiros no primeiro dia. Treze jovens restaram, entre eles, Katniss. Para quem os tiros de canhão serão no dia seguinte?...

Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstram seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte!

Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta, um garoto que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos Jogos Vorazes?

Este livro é um daqueles que se inicia pela capa. Sem muitos detalhes, a capa negra me atrai, assim como os relevos dourados nas palavras e no desenho. É um conjunto muito belo. O nome também é outra coisa que já dá pontos ao livro. “Jogos Vorazes”. Até parece nome de história de terror sangrento.

Katniss, a personagem principal, não é uma típica heroína que desperta a paixão dos leitores, mas, ainda assim, ela fez isso comigo. Um tanto silenciosa e prática, buscando sempre a melhor forma de sobreviver, não importa como, ela não se deixa levar pela imaginação, por fantasias ou coisas assim. Afinal, de que adianta imaginar uma revolta contra a Capital? Isso não vai colocar comida na mesa para a sua irmã e sua mãe.

De repente, Katniss se vê oferecendo-se para participar dos Jogos que odeia, se vê envolvida naquilo que sempre tentou fugir, para salvar sua irmã do que seria uma morte certa para ela.

Em um dia, está na sua humilde casa no Distrito 12, no outro, na odiada Capital, que oprime a todos e ainda faz disso uma diversão para os que moram onde o país é governado.

O livro é narrado em primeira pessoa, o que já me agrada, e é em pleno tempo real, com Katniss narrando tudo conforme acontece, como se estivesse escrevendo as páginas para nós enquanto mata, foge, tenta sobreviver. A leitura é envolvente e te prende irresistivelmente (terminei o livro em dois dias), e cada página virada te faz querer saber o que acontecerá na próxima, quem será o próximo a morrer, como ele vai morrer. Eu me peguei, também, me emocionando com certos acontecimentos e, confesso, em certo momento, lágrimas subiram aos olhos.

A escrita de Collins é simples e clara, sem palavras complicadas ou um jeito de parecer mais “belo”. Ela narra o que acontece com perfeição e nos faz enxergar com clareza o ambiente da arena onde os Jogos acontecem, imaginar as cenas, os movimentos. Agora que paro para pensar, vejo que criei um filme inteiro para os Jogos Vorazes na minha mente durante a leitura, com cada detalhe muito bem definido

Felizmente, ainda há dois livros depois desse, e não faço a mínima ideia do que aguarda. Seguindo o que o primeiro me passou, tenho certeza que a leitura não será menos do que muito boa, mas, muito provavelmente, será tão maravilhosa e empolgante quanto o primeiro da trilogia.

10 de fevereiro de 2012

Resenha: A Batalha do Apocalipse

Título: A Batalha do Apocalipse – Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo
Autor: Eduardo Spohr
Editora: Verus
Páginas: 586
Skoob: Livro

Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o dia do Juízo Final.

Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas, o dia do despertar do Altíssimo. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na batalha do Armagedon, o embate final entre o Céu e o Inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo.

Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano; das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval. A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana, mas é também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, cheio de lutas heróicas, magia, romance e suspense.

A primeira impressão que este livro me passou, da primeira vez que o vi, alguns anos atrás, não posso precisar se muitos ou poucos, foi que ele seria uma tentativa de junção da visão católica do mundo ao universo de fantasia. O primeiro pensamento foi que esses dois pontos não se ligam tão bem assim, por isso não comprei o livro. A história deveria ser chata e cheio de misticismos, dogmas e leis que acho um tanto absurdas. Nos últimos tempos, porém, tomei curiosidade por lê-lo, graças às críticas positivas e também ao sucesso do livro, já que seu autor, Eduardo Spohr, publicou seu segundo livro (o qual eu também pretendo ler).

A história de “A Batalha do Apocalipse” gira em torno de Ablon, um anjo renegado, expulso do céu pelo arcanjo Miguel por incitar uma rebelião contra a autoridade e tirania dos arcanjos, seremos supremos criados por Deus que foram deixados no comando da Terra após o findar do sexto dia da criação, início do sétimo, quando Deus adormeceu após dar a vida aos homens. Era tarefa dos arcanjos que reinassem e servissem aos homens com sabedoria, preservando o trabalho de Deus, até que o sétimo dia terminasse e Deus despertasse para julgar a todos, após o Apocalipse.

Os arcanjos não fizeram isso, mas sim instalaram um reinado de massacres sobre a espécie humana por pura inveja. Afinal, Deus havia concedido a alma e o livre-arbítrio aos homens, os anjos e arcanjos não possuíam nenhum dos dois.

Em alguns momentos da história, a narrativa se torna um tanto cansativa por causa da grande quantidade de informações. Afinal, além de contar o “tempo presente”, em vários momentos ela conta sobre o passado de Ablon com a Feiticeira de En-Dor, Shamira, outra personagem principal do livro.

Em um primeiro momento, pode-se pensar (eu pensei) que essas histórias do passado são apenas páginas para preencher o livro, para deixá-lo maior, já que não interferem realmente de forma direta no tempo presente, mas então as coisas vão se explicando e ficando mais claras, e então percebemos nessas histórias os motivos para as coisas acontecerem depois, conhecemos peças fundamentais do passado de ambas as personagens e assim a história fica ainda mais rica.

O fato de Spohr ter ligado sua história á história real do nosso planeta conta apenas pontos a mais para o seu livro. Ele une ambas as “narrativas” de forma muito eficiente, explicando acontecimentos e guerras do passado do ponto de vista que os humanos não poderiam conhecer, já que muitas das catástrofes foram arquitetadas pelos arcanjos e postas em prática pelos anjos.

Mesmo assumindo o caráter católico de visão do mundo, ele faz significativas mudanças com explicações lógicas bastante convincentes, que me fizeram continuar grudado às suas páginas ao invés de fechar o livro e colocá-lo de lado.

Resumindo, o livro é exatamente o que está escrito na capa da edição que possuo. “Não há, na literatura brasileira conhecida, um livro que se pareça com a Batalha do Apocalipse”. (Ou pelo menos são essas palavras que me lembro de estarem escritas lá).

Leiam, é uma leitura relaxante e emocionante em alguns pontos, ótima para nos desligarmos da nossa realidade e adentrarmos em uma paralela que parece demais com a real, mas, é claro, com seus muitos toques de fantástico. Afinal, o Apocalipse não é algo impossível de acontecer. Lá, fomos nós, os humanos, que o provocamos.

2 de fevereiro de 2012

Conto "A Casa das Almas"

Olá a todos! Peço desculpa pela escassez de textos, mas, como expliquei no post anterior, estou trabalhando nos livros da minha série, "Herdeiros da Luz". Quando a inspiração vem, não podemos deixá-la de lado, não é?
O terceiro volume da série, o segundo da trilogia principal, está passando de sua metade, e já está quase na marca de duzentas páginas do Word, o que dá um número muito maior em um "tamanho de livro".
Vim aqui, na verdade, para contar uma novidade.
Um conto de terror, escrito por mim, "A Casa das Almas", será publicado no livro de contos "Caminhos do Medo II", da editora Andross! O lançamento do livro está previsto para junho deste ano, então, fiquem atentos! Assim que for sair, trago notícias dele aqui.

Abraços!

 
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