22 de dezembro de 2012

Ode ao fim do mundo



Gosto dos "fins de mundo". É sempre interessante observar a intensidade com que eles conseguem mexer com as pessoas. É claro, para a maioria não passa de uma piada e, tendo os conhecimentos que eu e muitas outras pessoas têm, é mais do que óbvio que este fim do mundo seria exatamente igual ao ano 2000, por exemplo, onde se esperou uma pane geral de todos os dispositivos eletrônicos da época. No fim, nada aconteceu.
Ontem, 21 de dezembro de 2012, nada aconteceu também. Bem, pelo menos não da forma que as pessoas acreditavam que ia acontecer. Não houveram surtos de zumbis ou vampiros, não houve surtos inexplicáveis de doenças ou chuvas de meteoros, não houve aquecimento do centro da Terra por radiação solar, nem terremotos, tsunamis ou invasões alienígenas.
Até porque, qual era a lógica de esperar coisas assim? Tudo por causa do calendário Maia? É por isso que eu sempre digo que falta criatividade e curiosidades às pessoas. O calendário Maia não acabou, como algumas paródias dizem, nem previu o fim do mundo, como outros sensacionalistas inventam. O calendário Maia é simplesmente feito de ciclos que duram alguns milhares de anos, e o término de cada um desses ciclos, historicamente, sempre foi marcado por uma mudança drástica. No fim do último ciclo, o império Maia foi destruído. Em 21 de dezembro de 2012 houve o fim de outro ciclo, e então alguém teve a (brilhante) ideia de dizer que ia ser o fim do mundo. Só que ninguém se preocupou em ver realmente se havia algum registro dos Maias dizendo que o mundo realmente ia acabar.
Bem, ainda assim, momentos como esses são... interessantes.
Duvido que até mesmo o mais cético dos homens não sentiu um leve desconforto ontem, porque assim é o ser humano. Somos facilmente influenciáveis. Se uma pessoa nos diz que há um monstro em uma floresta, não vamos acreditar. Se muitas pessoas, uma cidade inteira, afirma categoricamente que há um monstro naquela floresta e que até mesmo há registros de pessoas que foram mortas por ele, eu, pelo menos, ainda assim, não acreditaria, e talvez você também não. Mesmo assim, você entraria na floresta depois de receber o aviso de milhares de pessoas? Apenas um idiota faria isso. Assim foi com o mais recente fim do mundo.
Eu disse que momentos como esse são interessantes porque eles nos fazem pensar um pouco na nossa vida, naquilo que fizemos, deixamos de fazer, gostaríamos de ter feito, que ainda queremos fazer. Quando os olhos se fecharam ontem, com todos na cama, acredito que boa parte das pessoas tinha pensamentos como esse na mente, ou pelo menos tiveram ao longo dos dias 20 e 21.
Entretanto, por mais que tenham havido planejamentos, promessas, vontades, ontem, a maioria delas foi esquecida com o abrir dos olhos de hoje. Porque o ser humano também é assim. Esquece fácil da coisas que promete, dos desejos de mudança. É mais fácil e simples, menos trabalhoso, continuar como estamos.
E assim caminha a humanidade.
O fim do mundo não chegou, ainda não (porque um dia ele virá, daqui milhares, milhões de anos, quando nosso sol envelhecer o suficiente e crescer até engolir nosso planeta, já que essa é apenas a ordem natural das coisas), mas isso não significa que nada realmente mudou.
Alguém já viu a natureza dar saltos? Mudar completamente de um dia para o outro? Não, não é assim que ela age. A natureza caminha por etapas, transições. Já há algum tempo que novas transições vêm ocorrendo no nosso planeta, estamos bem no meio de uma. Contudo, ela também não ocorreu ontem, porque seria algo rápido demais para a natureza. Ela está em andamento, e irá findar-se nos próximos anos, talvez em menos anos do que gostaríamos, mas com certeza anos suficientes para que possamos mudar e acompanhar o nosso planeta.
E isso não é especulação ou adivinhação. São fatos, comprovados por uma ciência que a nossa ciência sequer ainda tem capacidade para perceber que existe, quanto mais para entender.
Tudo se resume ao local certo de se buscar o conhecimento. Ele é a base de tudo. Conhecimento. Se há algo que um dia fará falta, é isso. Porque adiar a busca?

31 de agosto de 2012

Primeiro de setembro



E se eu tivesse simplesmente me cansado de viver neste mundo? E se eu desejasse apenas viver em um lugar diferente, ou melhor, eu o mundo fosse diferente? E se eu quisesse que ele não fosse cheio de pessoas corruptas e ignorantes que buscam apenas aquilo que as favoreçam? E se eu quisesse viver em mundo melhor?

Mas e se não precisasse ser melhor? Poderia apenas ser diferente, quem sabe...

E se eu quisesse poder entrar pela porta de um armário e descobrir um novo mundo?

E se eu quisesse completar 11 anos novamente só para amanhã, embarcar na plataforma 9 3/4?

E se eu quisesse viver em um mundo repleto de elfos, anões, magos e anéis?

E se eu quisesse viver em um mundo infestado de zumbis, que estivesse sendo limpo de toda a sujeira gerada por nós?

E se eu quisesse, quem poderia dizer que não posso desejar isso?

E quem disse que eu não quero?

Você?

Você também quer, que eu sei.

Todos queremos.

Todos queremos puxar nossa varinha e fazer a coisas levitarem, montar em um leão e conversar com dríades, ter quarenta anos e ser do tamanho de uma criança e viver no Condado, montar em um dragão e desbravar os céus, encontrar um amor que valesse enfrentar e vencer a própria morte.

Todos queremos isso.

Mas somos todos um bando de idiotas!

Criticamos e odiamos a nossa sociedade, desejamos que ela fosse diferente, que o mundo fosse outro, e, mesmo assim, quando eles dizem que é impossível as coisa que queremos se tornarem realidade, simplesmente desistimos? Porque?!

Porque aceitar as palavras de uma sociedade manipuladora e egoísta, mesquinha, hipócrita, que tem côo maior prazer destruir os sonhos dos outros? Porque deixar que nossos próprios sonhos sejam destruídos?

Os exemplos estão todos aí nas nossas caras!

Hogwarts existiria se os sonhos de uma inglesa tivessem sido massacrados por aqueles que disseram que eles não eram bons o suficiente? A Terra-Média teria passado por três eras inteiras se outro inglês tivesse dado ouvidos à idiotia deste mundo? O país de Aslam teria sido descoberto se um terceiro inglês tivesse achado que ele era impossível demais para existir?

Acho que os ingleses são ótimos exemplos a serem seguidos. Graças àquela primeira que mencionei, o dia primeiro de setembro, por exemplo, será eternamente lembrado por aqueles que viveram em seu mundo.

Afinal, você acha que Hogwarts não existe? Acha que o mundo dos bruxos não está escondido bem atrás de um tênue véu, separado do nosso por poucos centímetros?

Prove-me isso, então. Prove-me, e também a todas as milhões de pessoas que já conheceram Hogwarts em seus mínimos detalhes, que passearam por suas passagens secretas, que lutaram em seus corredores, que morreram várias vezes por suas páginas. Diga a todos nós que nada disso é real, mas nos faça acreditar de verdade, e então, quem sabe, conseguirá matar um pouco mais do nosso mundo.

Entretanto, meu amigo, temo que esta seja uma jornada árdua e que, muito provavelmente, não encontrará os resultados esperados, porque todos aqueles que um dia atravessaram o lago no barco e depois caminharam pela floresta em direção à morte, têm completa certeza de que tudo não passou da mais pura realidade.

Hogwarts existe sim, meu amigo, existe porque milhões de pessoas acreditam que ela existe, e, assim, garantem que ela sobreviva pela eternidade.




30 de agosto de 2012

Passos

 
 
Olho para a página em branco sem saber muito bem quais palavras usar para preenchê-la. O aniversário do "Brisas e Pensamentos" chegou e passou sem uma única palavra para comemorá-lo.
Desde sua primeira postagem, dois anos e um pouco mais se passaram.
Desde sua primeira postagem, tudo mudou.
Quando dei meus primeiros passos pelas páginas deste blog, era um garoto, inexperiente, meio inseguro, meio perdido na vida, sonhando com coisas que nem sabia direito o que eram, buscando caminhos que não sabia se podia encontrar, muito menos se existiam, buscando um amor que imaginava ainda não ter nascido.
No primeiro post tentei entender e explicar o que sabia sobre o amor. O conhecimento não era muito grande, mas, com certeza, muito maior do que o de muita gente.
Estas páginas acolheram minhas alegrias, drenaram minhas lágrimas, limparam minhas feridas, ajudou a criar cicatrizes e, aquelas que não podiam cicatrizar, elas sangraram junto comigo.
Estas páginas retratam a minha vida, minhas vitórias e derrotas, sorrisos e sofrimentos, desde os mais simples até os mais complexos, desde os hoje esquecidos até aqueles que imaginei que nunca me deixariam.
Quando comecei aqui, era um garoto.
Hoje, quem sabe, sou um adulto. Um homem que conhece suas responsabilidades, que conhece a si mesmo, que sabe o caminho que quer trilhar.
Hoje, conheço meus sonhos. Hoje, sei onde quero chegar e, por mais que tais sonhos estejam ainda muito altos, construo pacientemente asas para me levarem até lá e além, pois sei que, para os sonhos, não há limites, e todos eles podem ser realizados.
Hoje, sei um pouco mais e menos ainda sobre o amor, porém, sei que é mais do que um simples sonho a ser buscado, sei que é real.
Quem escreve estas palavras, agora, é um campeão, é um escritor, é um sonhador.
Um garoto que se tornou homem e será eternamente uma criança, pois sabe que a vida apenas pode valer a pena se encarada através da inocência e eterna sabedoria das crianças.
Como eu poderia, então, abandonar um companheiro tão fiel, que sempre acolheu tudo o que joguei para ele, fosse raiva, alegria, lágrimas ou dor?
Não poderia...
Hoje não me importo mais se vinte ou duzentos e cinquenta pessoas lerão estas páginas em um dia. Se apenas uma encontrar nestas palavras algum conforto, estarei satisfeito.
Por enquanto, é isso.
Voltarei em breve.

25 de maio de 2012

Uma Pequena Inspiração


 Quando se trata dela, muitas coisas são impossíveis de acontecer. Entre estas muitas, podemos considerar os verbos “esquecer”, “odiar” ou “separar”, e também conjugações como “deixar de amar”. Essas são coisas que, de certa forma, podem ser mensuradas. Têm classificações e explicações, significados, motivos para não acontecer e outros imaginários que poderiam fazer com que tais verbos se tornassem realidade. Há uma coisa, porém, que tem sua impossibilidade resumida na impossibilidade de mensurá-la. Tal coisa é o tempo.
Como medir o tempo passado ao lado dela? Talvez esse tempo até pudesse ser quantificado caso eu tivesse uma mente como a de um computador, que gravasse inexoravelmente cada segundo vivido por mim. Mas eu não a tenho, e, assim, posso gravar apenas o tempo que se passou desde que ela entrou na minha vida.
Há outro tempo, também, e ainda mais difícil de ser mensurado.
Quantas horas, ou segundos, ou dias (esta última medida, muito mais provável), já não gastei (gastar? Talvez este não seja o melhor verbo. Aproveitei. Sim, esse é bom) estudando suas feições, analisando suas reações, aprendendo sobre ela? Não importa em qual das medidas se conte, com certeza os números que a expressam são muitos. E isso tudo teve ótimos resultados. Hoje eu poderia dizer que sou uma espécie de PhD no comportamento dessa pequena garota de cabelos lisos e loiro escuro (ou castanhos claros, caso tal escolha de palavras para definir a tonalidade agrade mais a tal senhorita), olhos verdes (ou seriam da cor de um mel denso e escuro? Talvez uma mistura de ambos. Na verdade, não sei. Qual seria a luz que está os iluminando agora? Há lágrimas em seus olhos [eles ficam mais claros quando ela chora]? Ou é apenas a luz deste dia nublado que reflete neles?), nariz pequeno e reto (que ela diz ser de batata, mas eu não acho que seja), olhos pequenos que dizem tudo o que se pode saber sobre o que se passa em sua alma, boca macia, de lábio inferior farto e superior mais fino, rosto redondo, mãos pequenas e gordinhas (as mãos mais macias que já senti em toda a minha vida), sorriso fácil e encantador e muitas vezes tímida, com aquela perfeita cara de “santinha”, que desaparece quando estamos na cama.
Posso dar muitos outros detalhes sobre ela, mas isso não seria justo. Porque eu deveria compartilhar conhecimento adquirido em tantas horas de estudo e observação, de forma tão simples assim? Há coisas, também, que nunca divulgaria, não importa o quanto me fosse oferecido, porque me orgulho de ser simplesmente o único a saber de tais coisas.
Quanto a conheço? Às vezes até mais do que ela mesma.
E mesmo sabendo de tantas coisas sobre ela, acabo sempre me surpreendendo com mais uma nova informação, que logo se acrescenta à lista existente.
Se soubesse desenhar, poderia criar sua imagem perfeita apenas de cabeça, não importa se fosse só o seu rosto ou o corpo inteiro, com suas roupas preferidas ou totalmente nua.
E cada vez que a vejo sorrir seus muitos sorrisos diferentes, fascino-me uma vez mais (tem aquele onde os lábios não se separam e os olhos fitam algo que está mais abaixo, o cabelo escondendo o rosto [este é o de timidez], tem também aquele onde os olhos fitam os meus intensamente, estreitando-se, os lábios esticados, mostrando bem seu lindo sorriso, a cabeça meio virada de lado [esse é o provocante, malicioso], ou aquele onde os olhos brilham, o sorriso não tem como ser maior, e os olhos, não tem como ficar menores, de tão apertado que é quando ela está plenamente feliz. Junto com esse sempre sai uma risadinha, na maioria das vezes, algo como “hihi”).
Muitos outros tipos de sorrisos ela tem, assim como tem também suas infinitas risadas (ah, que belíssimas risadas ela possui), mas quantas linhas precisariam ser escritas para descrever cada um deles.
Só posso dizer que, se soubesse compor, para ela seria minha mais perfeita música. Se soubesse pintar, ela seria a musa de minha obra de arte. Se criasse uma personagem em uma história inspirando-me nela, seria a mais complexa e expressiva personagem que eu poderia construir.
E por mais que tudo isso pareça ser complexo, por mais que eu tenha levado dias e dias, semanas e meses de observação para adquirir tal gama de conhecimentos, o motivo para isso é bem simples.
Eu a amo.

18 de abril de 2012

Background do livro "Dragões

Hiper nova de uma estrela.

15 de abril de 2012

Background Dragões

Background do livro "Dragões - A Origem dos Herdeiros da Luz".
Desenhado por Christian S. Saeki e editado por Gustavo R. Fragazi. 


Backgrounds Herdeiros da Luz

Se você é fã dos Herdeiros da Luz, agora pode personalizar seu computador com os backgrounds desta série!





23 de março de 2012

Resenha: Em Chamas

Título: Em Chamas
Autor: Suzanne Collins
Série: Jogos Vorazes
Editora: Rocco
Páginas: 413
Skoob: Livro 

Depois de os Jogos Vorazes, competição entre jovens transmitida ao vivo para todos os distritos de Panem, Katniss agora terá que enfrentar a represália da Capital e decidir que caminho tomar quando descobre que suas atitudes nos jogos incitaram rebeliões em alguns distritos. Dessa vez, além de lutar por sua própria vida, terá que proteger seus amigos e familiares e, talvez, todo o povo de Panem. 

Em Chamas segue a linha de escrita de Jogos Vorazes, simples, na maioria dos pontos, porém envolvente e cativante. Katniss continua a despertar a minha irritação, mas não por ser uma personagem má escrita, mas sim por ter sido tão bem escrita, com uma personalidade tão forte, que não posso impedir que ela mexa comigo, principalmente por ela tomar atitudes totalmente contrárias, algumas delas, às que eu tomaria.

Quando comecei esse livro, fiquei me perguntando o que aconteceria. Afinal, os Jogos Vorazes tinham terminado e a Katniss era a vencedora, junto com o Peeta, o que, tecnicamente, teria acabado com o grande problema do primeiro livro.

Sim, mas eu estava enganado. A Capital não deixa a “brincadeira” de Katniss por menos, principalmente por que os distritos a veem como um ato de rebeldia contra a opressão. Uma nova guerra está a ponto de estourar, e Katniss, na turnê da vitória, se vê obrigada a tentar impedir que isso aconteça se quiser que seus familiares e amigos fiquem vivos.

Por fim, ela é pega em uma grande armadilha, que não vou contar aqui para que vocês tenham o prazer de descobrir qual é.

Outras coisas acontecem, coisas que ninguém imaginava que realmente podiam existir, que mostram, graças a Deus, que eles não estão sozinhos.

Cada página desse livro me fez querer chegar à próxima, e algo que me fez ter um prazer a mais de lê-lo foi o fato de ser em primeira pessoa. Assim, a história nunca se desviava da Katniss, e não havia os suspenses de capítulos onde não sabíamos o que estava acontecendo com ela, sem contar que ela é uma ótima narradora, ainda que eu ache que tome atitudes meio idiotas às vezes, por causa do seu gênio bastante temperamental. Porém, essa é apenas mais uma pitada de emoção para a história.

Sinceramente, em muitas partes do livro, eu me arrepiei e emocionei, e acabei devorando suas páginas em apenas dois dias.

Não é um livro fantástico como Harry Potter ou A Crônica do Matador de Rei, mas é incrível a seu próprio modo, com um jeito de escrita diferente dos outros, mas não pior.

Recomendo? Sim, é claro que sim.

22 de março de 2012

Resenha: O Temor do Sábio

Título: O Temor do Sábio
Autor: Patrick Rothfuss
Série: A Crônica do Matador de Rei
Editora: Arqueiro/ Sextante
Páginas: 960
Skoob: Livro

Quando é aconselhado a abandonar seus estudos na Universidade por um período, por causa de sua rivalidade com um membro da nobreza local, Kvothe é obrigado a tentar a vida em outras paragens. Em busca de um patrocinador para sua música, viaja mais de mil quilômetros até Vintas. Lá, é rapidamente envolvido na política da corte. Enquanto tenta cair nas graças de um nobre poderoso, Kvothe usa sua habilidade de arcanista para impedir que ele seja envenenado e lidera um grupo de mercenários pela floresta, a fim de combater um bando de ladrões perigosos. Ao longo do caminho, tem um encontro fantástico com Feluriana, uma criatura encantada à qual nenhum homem jamais pôde resistir ou sobreviver – até agora. Kvothe também conhece um guerreiro ademriano que o leva a sua terra, um lugar de costumes muito diferentes, onde vai aprender a lutar como poucos. Enquanto persiste em sua busca de respostas sobre o Chandriano, o grupo de criaturas demoníacas responsável pela morte de seus pais, Kvothe percebe como a vida pode ser difícil quando um homem se torna uma lenda de seu próprio tempo. 

Depois de Harry Potter, O Temor do Sábio é a mais bela obra que já tive o prazer de pôr as mãos.

É claro que não há toda aquela grande magia que nos envolve na série de Harry Potter, até porque ela não tem comparação, mas O Temor do Sábio me envolveu de uma forma que apenas Harry Potter conseguiu até hoje.

Novecentas e sessenta páginas que desapareceram num piscar de olhos. Eu simplesmente não conseguia parar de ler, não conseguia ficar sem saber o que aconteceria no próximo capítulo, não conseguia não torcer pelo Kvothe. Eu achava que seria difícil esse segundo livro ser muito melhor que O Nome do Vento, mas fui deliciosamente surpreendido.

Neste livro, o Kvothe se vê obrigado a sair da Universidade por causa de sua inimizade com o Ambrose, porém, ao invés de o livro perder parte da emoção que a Universidade trazia, ele só faz nos deixar cada vez mais colados em suas páginas. Conhecemos mais de perto os ademrianos, dos quais eu tinha uma visão totalmente deturpada, antes, e vemos o Kvothe se transformando lentamente naquilo que o Basta tanto admira. Porém, O Temor do Sábio acaba ainda com o nascimento da grande lenda chamada Kvothe, o que só me fez ficar com muito mais vontade de ler o próximo livro desta fantástica série.

Ela é envolvente, encantadora, cheia de suspense, ação, e uma das coisas que contou muitos pontos para mim: a “magia”, aqui, é regida por leis físicas, tem significado, tem forma de funcionamento, tem lógica.

Me faltam até mesmo palavras para falar mais deste livro. Só posso dizer que o prazer que ele me proporcionou fez com que eu desejasse que ele tivesse até mesmo mais do que as suas novecentas e sessenta páginas. O tamanho, aqui, realmente só deixa a história ainda melhor. Se fosse um livro menor, não teria toda a maestria que este tem.

Enfim, recomendo muitas vezes este livro para todos aqueles que queiram viver dentro de um novo mundo por alguns dias, e continuar vivendo-o na sua mente pelo restante deles.

A Crônica do Matador de Rei, acredito, já é uma leitura obrigatória para aqueles que se consideram fãs de livros de fantasia.

21 de março de 2012

Resenha: Renascença

Título: Renascença
Autor: Oliver Bowden
Série: Assassins Creed
Editora: Galera Record
Páginas: 378
Skoob: Livro

Traído pelas famílias que governam as cidades-estado italianas, um jovem embarca em uma jornada épica em busca de vingança. Para erradicar a corrupção e restaurar a honra de sua família, ele irá aprender a Arte dos Assassinos. Ao longo do caminho, Ezio terá de contar com a sabedoria de grandes mentores, como Leonardo da Vinci e Nicolau Maquiavel, sabendo que sua sobrevivência depende inteiramente de sua perícia e habilidade. Para os seus aliados, ele será uma força para trazer a mudança lutando pela liberdade e pela justiça. Para os seus inimigos, ele será uma ameaça que procura destruir os tiranos que oprimem o povo da Itália. Assim começa uma épica história de poder, vingança e conspiração.

Começo essa resenha com uma simples palavra sobre esse livro: péssimo.

Assassins Creed – Renascença, conta a história do primeiro jogo da série Assassins Creed. Assim que vi o livro pela primeira vez na livraria, me impressionei com a capa. Ela é realmente muito bonita. Vi muita propaganda do livro, até mesmo um outdoor em uma estrada, por isso, imaginei que deveria ser uma história realmente boa, para a editora estar gastando tanto dinheiro com divulgação. Coitado de mim.

Ezio, a personagem principal, tem parte de sua família assassinada por uma traição que não cometeram. Para não ser morto, ele foge para a casa de seu tio, Mario. Lá, ele descobre que seu pai fazia parte da Ordem dos Assassinos, cuja missão é deter os Templários, antiga ordem da Igreja que visa dominar o mundo.

Falando assim, por cima, a ideia da história é boa e promete ação e envolvimento. Sim, promete, mas fica apenas na promessa.

Nunca joguei o jogo, mas falam que é muito bom. O livro, por outro lado, foi pessimamente escrito. Sim, pessimamente mesmo. Aqui estão algumas das grandes falhas que acho que são necessárias destacar:

- As coisas acontecem simplesmente rápido demais. Nessas 378 páginas, vinte e sete anos se passam. Assim, nenhum acontecimento é bem trabalhado e tem um grande efeito. Os feitos de Ezio são simples palavras a mais no livro que não fazem com que ele pareça realmente um herói.

- Ezio também sempre consegue fazer as coisas com uma facilidade incrível. Sempre consegue seguir e escutar conversas de seus grande adversários sem que eles percebam.

- Antes de ele entrar parece que a Ordem dos Assassinos era simplesmente um nome, porque parece que apenas ele saiu para caçar as pessoas que precisavam ser mortas.

- As conversas têm simplesmente exclamações DEMAIS! Parece que todas as frases são ditas com ênfase, o que faz com que os locutores pareçam realmente idiotas. As conversas também são muito simples na maioria das vezes, não acrescentando nada à história, nem mesmo apenas um chamativo ou graça.

- As lutas são péssimas. Bowden com certeza não tem a mínima noção de combate corpo a corpo ou com espada, porque algumas pessoas fazem coisas impossíveis ou estão em lugares onde não estavam um momento atrás. As batalhas também são péssimas, com estratégias que nunca funcionariam de verdade. Afinal, quem “balança” uma espada contra seu oponente?

- Há uma boa quantidade de erros no enredo, coisas que contradizem algumas partes e outras que só deixam tudo muito confuso.

- Não se conhece nenhuma personagem com profundidade. A única coisa que sei sobre o Ezio é que ele tem olhos azuis acinzentados. Quando ele está com quarenta anos, eu ainda o vejo com dezessete.

- A falta de nome nos capítulos é outra coisa desagradável. Ao contrário de alguns livros que também não os têm, nesse pareceu realmente falta de criatividade, porque uma história dessa ficaria bem mais interessante com nomes que falassem um pouco dos capítulos.

- Em algumas frases, ele usa reticências para evidenciar uma “pausa dramática” na fala de uma personagem, o que, ao contrário de causar o suspense desejado, faz a fala parecer realmente idiota.

Em suma, o livro todo parece uma grande novela mexicana. Faltaram apenas os primeiros nomes compostos.

Eu detestei e não aconselho a ninguém.

13 de fevereiro de 2012

Resenha: Jogos Vorazes

Título: Jogos Vorazes
Autor: Suzanne Collins
Série: Jogos Vorazes
Editora: Rocco
Páginas: 397
Skoob: Livro

Katniss escuta os tiros de canhão enquanto raspa o sangue do garoto do distrito 9. Na abertura dos Jogos Vorazes, a organização não recolhe os corpos dos combatentes caídos e dá tiros de canhão até o final. Cada tiro, um morto. Onze tiros no primeiro dia. Treze jovens restaram, entre eles, Katniss. Para quem os tiros de canhão serão no dia seguinte?...

Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstram seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte!

Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta, um garoto que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos Jogos Vorazes?

Este livro é um daqueles que se inicia pela capa. Sem muitos detalhes, a capa negra me atrai, assim como os relevos dourados nas palavras e no desenho. É um conjunto muito belo. O nome também é outra coisa que já dá pontos ao livro. “Jogos Vorazes”. Até parece nome de história de terror sangrento.

Katniss, a personagem principal, não é uma típica heroína que desperta a paixão dos leitores, mas, ainda assim, ela fez isso comigo. Um tanto silenciosa e prática, buscando sempre a melhor forma de sobreviver, não importa como, ela não se deixa levar pela imaginação, por fantasias ou coisas assim. Afinal, de que adianta imaginar uma revolta contra a Capital? Isso não vai colocar comida na mesa para a sua irmã e sua mãe.

De repente, Katniss se vê oferecendo-se para participar dos Jogos que odeia, se vê envolvida naquilo que sempre tentou fugir, para salvar sua irmã do que seria uma morte certa para ela.

Em um dia, está na sua humilde casa no Distrito 12, no outro, na odiada Capital, que oprime a todos e ainda faz disso uma diversão para os que moram onde o país é governado.

O livro é narrado em primeira pessoa, o que já me agrada, e é em pleno tempo real, com Katniss narrando tudo conforme acontece, como se estivesse escrevendo as páginas para nós enquanto mata, foge, tenta sobreviver. A leitura é envolvente e te prende irresistivelmente (terminei o livro em dois dias), e cada página virada te faz querer saber o que acontecerá na próxima, quem será o próximo a morrer, como ele vai morrer. Eu me peguei, também, me emocionando com certos acontecimentos e, confesso, em certo momento, lágrimas subiram aos olhos.

A escrita de Collins é simples e clara, sem palavras complicadas ou um jeito de parecer mais “belo”. Ela narra o que acontece com perfeição e nos faz enxergar com clareza o ambiente da arena onde os Jogos acontecem, imaginar as cenas, os movimentos. Agora que paro para pensar, vejo que criei um filme inteiro para os Jogos Vorazes na minha mente durante a leitura, com cada detalhe muito bem definido

Felizmente, ainda há dois livros depois desse, e não faço a mínima ideia do que aguarda. Seguindo o que o primeiro me passou, tenho certeza que a leitura não será menos do que muito boa, mas, muito provavelmente, será tão maravilhosa e empolgante quanto o primeiro da trilogia.

10 de fevereiro de 2012

Resenha: A Batalha do Apocalipse

Título: A Batalha do Apocalipse – Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo
Autor: Eduardo Spohr
Editora: Verus
Páginas: 586
Skoob: Livro

Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o dia do Juízo Final.

Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas, o dia do despertar do Altíssimo. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na batalha do Armagedon, o embate final entre o Céu e o Inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo.

Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano; das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval. A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana, mas é também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, cheio de lutas heróicas, magia, romance e suspense.

A primeira impressão que este livro me passou, da primeira vez que o vi, alguns anos atrás, não posso precisar se muitos ou poucos, foi que ele seria uma tentativa de junção da visão católica do mundo ao universo de fantasia. O primeiro pensamento foi que esses dois pontos não se ligam tão bem assim, por isso não comprei o livro. A história deveria ser chata e cheio de misticismos, dogmas e leis que acho um tanto absurdas. Nos últimos tempos, porém, tomei curiosidade por lê-lo, graças às críticas positivas e também ao sucesso do livro, já que seu autor, Eduardo Spohr, publicou seu segundo livro (o qual eu também pretendo ler).

A história de “A Batalha do Apocalipse” gira em torno de Ablon, um anjo renegado, expulso do céu pelo arcanjo Miguel por incitar uma rebelião contra a autoridade e tirania dos arcanjos, seremos supremos criados por Deus que foram deixados no comando da Terra após o findar do sexto dia da criação, início do sétimo, quando Deus adormeceu após dar a vida aos homens. Era tarefa dos arcanjos que reinassem e servissem aos homens com sabedoria, preservando o trabalho de Deus, até que o sétimo dia terminasse e Deus despertasse para julgar a todos, após o Apocalipse.

Os arcanjos não fizeram isso, mas sim instalaram um reinado de massacres sobre a espécie humana por pura inveja. Afinal, Deus havia concedido a alma e o livre-arbítrio aos homens, os anjos e arcanjos não possuíam nenhum dos dois.

Em alguns momentos da história, a narrativa se torna um tanto cansativa por causa da grande quantidade de informações. Afinal, além de contar o “tempo presente”, em vários momentos ela conta sobre o passado de Ablon com a Feiticeira de En-Dor, Shamira, outra personagem principal do livro.

Em um primeiro momento, pode-se pensar (eu pensei) que essas histórias do passado são apenas páginas para preencher o livro, para deixá-lo maior, já que não interferem realmente de forma direta no tempo presente, mas então as coisas vão se explicando e ficando mais claras, e então percebemos nessas histórias os motivos para as coisas acontecerem depois, conhecemos peças fundamentais do passado de ambas as personagens e assim a história fica ainda mais rica.

O fato de Spohr ter ligado sua história á história real do nosso planeta conta apenas pontos a mais para o seu livro. Ele une ambas as “narrativas” de forma muito eficiente, explicando acontecimentos e guerras do passado do ponto de vista que os humanos não poderiam conhecer, já que muitas das catástrofes foram arquitetadas pelos arcanjos e postas em prática pelos anjos.

Mesmo assumindo o caráter católico de visão do mundo, ele faz significativas mudanças com explicações lógicas bastante convincentes, que me fizeram continuar grudado às suas páginas ao invés de fechar o livro e colocá-lo de lado.

Resumindo, o livro é exatamente o que está escrito na capa da edição que possuo. “Não há, na literatura brasileira conhecida, um livro que se pareça com a Batalha do Apocalipse”. (Ou pelo menos são essas palavras que me lembro de estarem escritas lá).

Leiam, é uma leitura relaxante e emocionante em alguns pontos, ótima para nos desligarmos da nossa realidade e adentrarmos em uma paralela que parece demais com a real, mas, é claro, com seus muitos toques de fantástico. Afinal, o Apocalipse não é algo impossível de acontecer. Lá, fomos nós, os humanos, que o provocamos.

2 de fevereiro de 2012

Conto "A Casa das Almas"

Olá a todos! Peço desculpa pela escassez de textos, mas, como expliquei no post anterior, estou trabalhando nos livros da minha série, "Herdeiros da Luz". Quando a inspiração vem, não podemos deixá-la de lado, não é?
O terceiro volume da série, o segundo da trilogia principal, está passando de sua metade, e já está quase na marca de duzentas páginas do Word, o que dá um número muito maior em um "tamanho de livro".
Vim aqui, na verdade, para contar uma novidade.
Um conto de terror, escrito por mim, "A Casa das Almas", será publicado no livro de contos "Caminhos do Medo II", da editora Andross! O lançamento do livro está previsto para junho deste ano, então, fiquem atentos! Assim que for sair, trago notícias dele aqui.

Abraços!

24 de janeiro de 2012

Nota do autor


Olá, queridos leitores!

Venho falar um pouco sobre a minha série de livros.

A série “Herdeiros da Luz” contará com uma trilogia principal, cronológica, da qual o livro “Herdeiros da Luz – O Início da Guerra das Sombras” é o primeiro volume, e também com dois livros complementares.

Dragões – A Origem dos Herdeiros da Luz não é a continuação d’O Início da Guerra das Sombras, mas sim uma prequela (conta fatos que aconteceram antes da história principal) de toda a história, contando o que aconteceu antes do livro anteriormente publicado, como realmente a Guerra das Sombras se iniciou, de onde os Dragões surgiram na Terra. Não fala, porém, o objetivo deles. Isto, é claro, só será contado no final de toda a série.

Agora, vire esta página e mergulhe no fascinante universo dos “Herdeiros da Luz”, onde a imaginação dita o que é a realidade.

O primeiro livro, “O Início da Guerra das Sombras” já foi publicado. O Segundo “Dragões – A Origem dos Herdeiros da Luz”, que é uma das prequelas, está em processo de avaliação, o segundo livro da trilogia, terceiro da série, está em processo de produção, temporariamente paralisado, enquanto o quarto da série, a segunda prequela, está no início de seu processo de criação. Por isso, peço que me perdoem caso os textos comecem a ficar um pouco mais escassos aqui, pois o livro me tomará muito tempo. Tentarei, contudo, suprir a demanda de textos do blog.

Abraços!

A breve segunda vida de Bree Tanner

Título: A Breve segunda vida de Bree Tanner
Autor: Stephenie Meyer
Editora: Intrínseca
Páginas: 190
Skoob: Livro

Pela primeira vez Stephenie Meyer oferece aos fãs uma nova perspectiva do universo de "Crepúsculo". Na voz de Bree Tanner, uma jovem vampira integrante do violento exército de recém-criados que assola a cidade de Seattle no terceiro volume da série, "Eclipse", somos apresentados ao lado sombrio da saga. Bree vive nas trevas, sedenta por sangue. Não conhece sua verdadeira natureza e não pode confiar nos de sua espécie. Sua breve história acompanha a semana que antecede o confronto definitivo entre os recém-criados e os Cullen - a última semana de sua existência.

Percebe-se a forma de escrita de Meyer nas páginas desse livro tão claramente quanto nos da série Crepúsculo. Muitos dizem que Meyer não é uma grande escritora, que fez uma série explorando medos adolescentes e tudo o mais, e por isso fez sucesso entre eles, comparam-na a J. K. Rowling e falam que nem chega perto. Eu discordo completamente, ou quase. Realmente ela não chega muito perto de Rowling, que criou um universo totalmente novo que cativou crianças, jovens, adultos e idosos em todo o mundo e se bobear em outros também. Mas aí falar que ela não sabe escrever, já é demais.

Sou um fã da saga Crepúsculo e já li quatro vezes cada livro, pois sou da filosofia de que quanto mais você relê um livro, mais entende da história e mais fascinante ela fica.

A breve segunda vida de Bree Tanner conta a história de Bree, uma vampira recém-criada que, do ponto de vista da Bella, não vive mais que cinco minutos, como a Stephenie fala no prefácio do livro. Para a história de Bella e Edward, a vida de Bree Tanner não é nada importante. Porém, através deste pequeno livro conhecemos um pouco do verdadeiro universo de um recém-criado, e ainda mais de um exército de recém-criados, que são apenas mencionados quando Jasper conta sua história à Bella.

Ao correr da história, acabei me afeiçoando à Bree e desejando que ela tivesse um fim diferente, que não envolvesse sua morte.

Este livro nos mostra o planejamento de Victoria para tentar chegar até Bella e matá-la, e diz também por que Bree simplesmente se rendeu aos Cullen. Na verdade, nem lutar ela queria, mas foi forçada a isso.

É um livro pequeno, gerando uma resenha pequena, mas isso não quer dizer que ele não seja interessante. Talvez não acrescente nada para a história, mas, ainda assim, vale a pena como uma leitura desestressante e rápida.

23 de janeiro de 2012

Resenha: Os Filhos de Húrin

Título: Os Filhos de Húrin
Autor: J. R. R. Tolkien
Editora: WMF Martins Fontes
Páginas: 336
Skoob: Livro

Num tempo muito remoto, muito, muito antes dos tempos de “O Senhor dos Anéis”, um grande país estendia-se para além dos Portos Cinzentos a Ocidente: terras por onde outrora caminhou Barbarvore, mas que foram inundadas no grande cataclismo com que findou a Primeira Era do Mundo.
Nesse tempo remoto, Morgoth habitava a vasta fortaleza de Angband, o Inferno de Ferro, no Norte; e a tragédia de Túrin e a sua irmã Niënor desenrola-se sob a sombra do medo de Angband e a guerra forjada por Morgoth contra as terras e cidades secretas dos Elfos.
 

Para mim, não importa o que as pessoas digam, Tolkien é um gênio fantástico e, por mais que muitos digam que não, melhor que George R. R. Martin.

Afinal, o Tolkien não escreveu apenas uma série de sucesso. Ele escreveu um mundo, um universo inteiro.

A saga de O Senhor dos Anéis se passa na Terceira Era da Terra-Média, milhares de anos depois de o mundo ter sido criado pelos Valar (para saber mais sobre os Valar e a criação da Terra-Média, leia O Silmarillion, de Tolkien), e é apenas o fim da história que ele escreveu. Antes disso há um mundo inteiro de histórias.

Os Filhos de Húrin, conta exatamente a história de seu título, a dos filhos de Húrin. Húrin foi um descendente de Beren, o maior e mais poderoso homem que passou pela Terra-Média. Beren se casou com uma elfa, Lúthien, e desafiou Morgoth, por isso ficou tão conhecido. Sua história é contada em O Silmarillion.

Húrin, sendo descendente de Beren, nada menos poderia ser do que um grande homem, que também desafiou Morgoth, que, na verdade, é Melkor, o primeiro e mais poderoso dos Valar, os seres que criaram o mundo.

Húrin acaba sendo aprisionado por Morgoth, que lança uma maldição sobre a sua família, dizendo que a sua sombra pairará sempre em cima deles, levando-os a tristeza e a maus caminhos.

A casa de Húrin então se desfaz sob o ataque de Morgoth sobre a Terra-Média, o que força Túrin, seu filho mais velho, a abandonar sua mãe e irmã, que, com o tempo, acabam tendo que sair de suas terras também.

Túrin se torna um grande homem, digno de sua descendência, um grande senhor e guerreiro, mas a má sorte está sempre acompanhando-o em suas decisões, que, por mais que sejam bem intencionadas, acabam trazendo o mal para aqueles que o cercam, inclusive para sua irmã, Nienor, a qual acaba reencontrando após muitos anos.

Neste livro o estilo clássico de Tolkien está, é óbvio, presente em cada linha, com sua forma detalhista de descrever tudo, mas apenas aquilo que é mais necessário, ainda que isso já seja muita coisa.

Confesso que quando fui começar, tive medo de que fosse como Contos Inacabados, uma leitura cansativa e sem ritmo, mas me surpreendi com o conto, como dizem, mais sombrio de Tolkien. No fundo, não há felicidade na história dos filhos de Húrin. É uma história triste, mas que nos apresenta novos fatos sobre a fantástica história da Terra-Média.

Para os que apenas assistiram aos filmes ou simplesmente “gostaram” dos livros d’O Senhor dos Anéis, acredito que esta história não seja muito relevante.

Àqueles que são fãs dos livros de Tolkien, historiadores fascinados pela Terra-Média, não apenas por O Senhor dos Anéis, recomendo este livro como uma ótima e construtiva leitura.

 
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