28 de outubro de 2010

Uma lavagem de alma

Sabe, eu poderia falar, escrever sobre tantas coisas, tantos temas variados, fazer textos científicos, sarcásticos, filosóficas, sobre religião, românticos... Só que não estou conseguindo falar sobre os primeiros nos últimos sete dias, o último está tomando mais a minha mente (não apenas o tema em si, mas sim “o que” ele me lembra). Resolvi então falar novamente sobre um tema, sobre a água, mas em um sentido mais específico do que a última vez.


A água possui tantas formas e formatos, tão variados, que seria impossível definir todos eles. Ela assume a forma, o tamanho, que ela quiser ocupa espaços gigantescos ou outro muito minúsculos, sem nunca abandonar sua essência, sua originalidade.


Um átomo de oxigênio, dois de hidrogênio.


Essa combinação extremamente simples (e muito forte também) é o que deu origem a tudo o que vemos ao nosso redor, à toda vida do nosso planeta. Tudo origina-se da água, já que foi ela que propiciou a primeira vida aqui. Inclusive os sentimentos.


A água evapora, congela, sublima... chove.


A chuva é o nosso choro em escala maior, é a limpeza do ar, da alma, da Terra, assim como nós choramos para aliviar a nossa.


Algumas vezes a chuva pode ser incomoda e nos impedir de fazer algumas coisas. Outras, porém, não fazemos porque não queremos nos molhar. Aí já é frescura (também faço e fiz isso, então posso falar!).


Mas quem nunca tomou um banho de chuva? Os melhores são aqueles que tomamos porque queremos, não porque somos obrigados. É ter um lugar para se abrigar e mesmo assim continuar se molhando. É brincar de pega pega, tentar correr mais do que a chuva que vem desabando atrás de você, é jogar, vôlei, futebol, nadar no campo (onde não devia ser possível nadar) é ficar na piscina com a chuva por cima, é simplesmente andar e apreciar a sensação dos pingos gelados caindo na pele quente, o cabelo molhando e escorrendo no rosto, as roupas grudando no corpo e, ainda assim, os sorrisos sem se desmanchar no rosto. Já fiz tudo isso aí debaixo de chuva.


Tomar chuva é muito bom e, sempre que tiver uma oportunidade, faça isso.


Mas tem uma coisa que eu ainda não fiz...


Sempre tive vontade, mas nunca tive a oportunidade... Na verdade, quando as oportunidades surgiram (quando choveu), eu não tinha com quem fazer isso. Quando eu tinha com quem, não surgiu a oportunidade (o céu ficou limpo... =/).


É sim, é uma coisa para ser feita a dois, mas eu fico feliz por não ter sido antes, porque agora (e por muito tempo ainda, espero) há uma pessoa que compartilha do mesmo desejo que eu (tudo bem, não são poucas as pessoas que gostariam disso) e que também nunca fez.


Sempre quis beijar na chuva. E quero muito (e sei que vai ser) que meu “primeiro beijo” seja com ela, minha pequena dos olhos verdes...


Pode parecer uma coisa besta para muitos, mas quero compartilhar da realização dessa vontade com ela. Ela que me faz esquecer de dores do passado e me devolve sentimentos à muito abandonados...


Porque você não faz a mesma coisa? Um dia, quando estiver chovendo, esqueça que você pode ficar doente, esqueça que suas roupas vão ficar molhadas, esqueça de tudo. Apenas saia na chuva e aproveite a sensação da água lavando seu corpo e alma, sua paz e espírito. E, se tiver como, experimente dar um beijo na pessoa que te quer bem, que você gosta e sente vontade de ficar abraçado por horas seguidas, apenas apreciando seu perfume, a cor dos seus cabelos, a respiração dela no seu peito, o calor de suas mãos e braços no seu corpo, o som do seu suspiro...

2 comentários:

Amanda Bortoletto disse...

me diz como você pode ser tão, tão perfeito, meu Gustavo?

Gustavo R. Fragazi disse...

se vc conseguir responder à minha pergunta...
como vc conseguiu fazer eu gostar tanto de vc tao rapido minha Amanda?

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