30 de setembro de 2010

Um mundo de trevas

Vai aí um pequeno trecho do meu livro! nao sei quando publico, mas, se você se interessou, nao deixe de comprar quando sair!! ;D Herdeiros da Luz: O Início da Guerra das Sombras!
Olhei em volta para analisar o lugar e me virei em tempo de ver o portal desaparecer atrás de mim. Como eu tinha certeza que não ia conseguir usar outra runa em tão pouco tempo, comecei a caminhar. Não havia lugar visível para ir, então apenas segui em frente. Eu estava em uma charneca estéril; para qualquer lado que eu olhava só via desolação: poças de uma água suja e oleosa onde não se via uma gota de vida, árvores negras e mortas tombadas no chão ou precariamente equilibradas em suas raízes podres.
Se eu seguisse em linha reta chegaria a uma floresta densa e escura que parecia um tanto maligna. A morte certa parecia pairar sobre a floresta. Para qualquer outro lado que eu olhasse eu só via uma planície sem fim de pântanos e mais pântanos. Não era possível ver um raio de sol sequer, que estava oculto por nuvens densas e arroxeadas que estavam muito baixas, mesmo que parecesse ser dia. Em alguns pontos saíam jatos de um vapor fétido do solo, que parecia ser da mesma composição das nuvens.
Em alguns lugares o ar era mais pesado, quase irrespirável, venenoso, sem contar que era impossível seguir em uma linha reta se eu quisesse ficar seco, se bem que parecia ser quase possível andar sobre aquelas águas imundas. Parecia até um rio que passava pela minha cidade, o Tietê.
Então eu cometi o erro que quase levou à minha morte, mas que eu veria depois que teve seu lado bom.
Será que não havia vida naquele planeta aparentemente maligno? Peguei um galho e joguei em uma poça particularmente grande. O som molhado foi rapidamente abafado pela atmosfera carregada. A água parecia relutante, não queria formar ondas e as poucas que se propagaram eram oleosas e lentas e nem chegaram a alcançar as bordas. Logo a água estava impecavelmente parada novamente.
Mas a calmaria não durou muito tempo. Bolhas enormes subiam rapidamente à superfície. Ondas muito maiores do que as anteriores batiam nas bordas instáveis da pequena lagoa espirrando aquela água nojenta em mim. Me afastei, o coração batendo descontrolado. Eu havia despertado algo que deveria continuar no fundo daquele imenso pântano. As outras poças também se mexiam e percebi que eram todas interligadas por baixo e a terra que eu pisava flutuava sobre elas.
Comecei a sentir o frágil solo se mexendo em baixo de mim e desatei a correr para longe daquele lugar, indo em direção à floresta, que agora parecia mais convidativa do que aquele pântano abominável. De qualquer jeito, não havia como fugir; eu senti o solo afundar a cada passo que eu dava. Com certeza o que quer que estivesse dentro daquelas águas podia ver as minhas “pegadas”.
As águas começaram a se acalmar ao meu redor até que ficaram perfeitamente quietas novamente. Fui diminuindo a velocidade até parar, mesmo que todos os meus sentidos gritassem que, se eu quisesse sobreviver, tinha que continuar em movimento. Será que eu havia imaginado aquilo? A viagem podia ter confundido meu cérebro não é? Não podia ser, tinha algo embaixo de mim que agora devia estar preparando um ataque.
Esse pensamento me fez voltar a andar na mesma hora, mas parei logo em seguida, por causa do choque. Algo estava saindo de uma poça próxima. Seu corpo era comprido como o de um réptil e coberto de escamas de um verde moribundo, como um peixe, e bem magro também. Parecia até um ser humano que sofrera mutações.
Os olhos eram completamente negros em sua face sem expressão; era impossível saber se olhava para mim ou para o outro igual a ele que apareceu alguns metros atrás de mim. Suas cabeças eram um pouco maiores do que a de um homem e tinham, desde a lateral do queixo até o alto da cabeça, membranas de um verde mais claro, com pequenos ossos de sustentação que as deixavam abertas e saíam do crânio.
Do queixo também saía uma espécie de máscara cinzenta que cobria todo o rosto deles até chegar bem perto dos olhos e era dividia ao meio por uma fina linha mais escura. Não tinham bocas visíveis. Um pouco abaixo dos olhos, no centro do rosto, havia dois pequenos buracos, um de cada lado da linha divisória, que deviam ser usados para respirarem fora da água, pois tinham brânquias no pescoço.
Para qualquer lado que eu olhasse eu via pelo menos uma daquelas criaturas saindo de cada poça. Eles eram muitos, centenas eu acho. Não estava muito longe da floresta, então, antes que eles me encurralassem, eu peguei algumas runas de minha mochila e saí correndo. Na mesma hora eles começaram a perseguição. E tudo isso por causa de um galho...

1 comentários:

Phamela Silva disse...

N-E-C-E-S-S-I-T-O que seu livro seja logo publicado.
é meio ruim ficar lendo no pc =/
mais enfim, ele é perfeito *---*
I Love U s2

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